Depois de dez anos trabalhando como um cronista das ruas, período em que foi considerado um renovador do gênero, Luís Henrique Pellanda lança um livro em que o flâneur que o caracteriza dá lugar a um escritor enclausurado, forçado a registrar a cidade tomada pela pandemia de covid-19 a partir da janela de seu apartamento. Nessas “notas do isolamento”, Pellanda, como quem dá a volta ao mundo sem sair do próprio quarto, registra a quarentena primeiro por meio de leituras, sonhos, notícias, aforismos e reflexões sobre uma Curitiba subitamente esvaziada. Depois, à medida que os meses passam e a vacinação se mostra eficaz, o cronista, assim como o resto do país, retoma seus trabalhos e passeios rotineiros. Não reencontra, contudo, o cenário que se habituou a retratar em sua literatura, mas um espaço novo, habitado por pessoas também transformadas. Representativos da ruptura que a pandemia nos forçou a experimentar desde 2020, os textos de A crônica não mata surgem então fragmentados, aos pedaços, embora nunca deixem de conclamar os leitores para uma volta à vida real e amorosa, à saúde comunitária, ao milagre da civilidade.
[144 páginas | 14x21cm | ISBN 9786589741534]
Sobre o autor:
LUÍS HENRIQUE PELLANDA nasceu em Curitiba (PR), em 1973. Escritor e jornalista, é autor dos livros O macaco ornamental (contos, 2009, finalista do Prêmio Clarice Lispector), Nós passaremos em branco (crônicas, 2011, finalista do Prêmio Jabuti), Asa de sereia (crônicas, 2013, finalista do Prêmio Portugal Telecom), Detetive à deriva (crônicas, 2016), A fada sem cabeça (contos, 2018), Calma, estamos perdidos (crônicas, 2019), Na barriga do lobo (crônicas, 2021, finalista do Prêmio Jabuti) e O caçador chego u tarde (contos, 2022, indicado ao Prêmio Oceanos). Organizador da antologia de crônicas inéditas de Carlos Drummond de Andrade A intensa palavra (2024).
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